sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Amor doente



Pensei que era você, mas não
Você foi à ilusão que eu alimentei
Na esperança de amar na escuridão

Andei de mãos dadas
Acendi o cigarro, mas a fumaça cinza irritou os meus olhos

Tentei não ver, fugi de conclusões
Aceitei você do jeito que você é

Rompi com a minha resistência, quebrei padrões
Mas nada serviu pra você acreditar em quem eu sou.

Fugi algumas vezes
Na solidão senti saudade
Você implorou por perdão e voltei

Acreditei em você
Construí sonhos
Você os destruiu... L e n t a m e n te...

Em cada ato impensável
Em cada palavra maldita
Em todas as idas e vindas
E finalmente na agressão.
Que me fez triste,
Mas forte o bastante para ter dignidade para ir e nunca mais voltar.


Flôr Kepah
poetisa
01/06/2010.
ps.: nós da equipe 5760 agora temos mais uma colaboradora, semanalmente a poetisa Flôr Kepah irá trazer um de seus textos para nós. Obrigada, Flôr, por vir lutar junto de nós.



Um comentário:

  1. Lindo, como descreve perfeitamente a dor da desilusão...A dor do desalento e do desamparo...

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