(foto: Gabriel Stella)
Pensei que era você, mas não
Você foi à ilusão que eu alimentei
Na esperança de amar na escuridão
Andei de mãos dadas
Acendi o cigarro, mas a fumaça cinza irritou os meus olhos
Tentei não ver, fugi de conclusões
Aceitei você do jeito que você é
Rompi com a minha resistência, quebrei padrões
Mas nada serviu pra você acreditar em quem eu sou.
Fugi algumas vezes
Na solidão senti saudade
Você implorou por perdão e voltei
Acreditei em você
Construí sonhos
Você os destruiu... L e n t a m e n te...
Em cada ato impensável
Em cada palavra maldita
Em todas as idas e vindas
E finalmente na agressão.
Que me fez triste,
Mas forte o bastante para ter dignidade para ir e nunca mais voltar.
Flôr Kepah
poetisa
poetisa
01/06/2010.
Dando voz ao poema, a própria:
https://www.youtube.com/watch?v=5R6aP1QGJSs&feature=player_embedded#at=145
ps.: nós da equipe 5760 agora temos mais uma colaboradora, semanalmente a poetisa Flôr Kepah irá trazer um de seus textos para nós. Obrigada, Flôr, por vir lutar junto de nós.
Lindo, como descreve perfeitamente a dor da desilusão...A dor do desalento e do desamparo...
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